Não tão dissimuladamente como o precursor do conceito, Bagão veio falar aos portugueses num tom igualmente paternalista sobre as finanças do país como se tratasse de uma família portuguesa a viver acima das possibilidades.
Da minha família não estava a falar, e da vossa meus bons leitores, creio que também não.
Depois conjecturava sobre muitos assuntos perfeitamente descabidos, a existência de demasiados funcionários públicos...
É um facto, ser funcionário público no nosso país continua a dar direito a umas quantas regalias, a nível de saúde e segurança laboral. Por exemplo, não têm aumentos como nos sectores privados, mas comparativamente com os trabalhadores do sector privado, não precisam de viver com o coração nas mãos com a situação do despedimento uma vez que passem ao tão invejável "quadro" de onde ninguém os tira.
Mas voltando à existência de demasiados funcionários, se o senhor estava a falar de atendimento público tenho de lhe dizer que não acredito, senão vejamos, não verificávamos os atrasos nos reembolsos do IRS, os sucessivos enganos nas atribuições de colocações dos professores, fora as senhoras muito simpáticas do atendimento ao público que devem ter todas graves problemas urinários que as impedem de ficar muito tempo sentadinhas a atender as pessoas que se vêem obrigadas a recorrer a tão célere e agradável esclarecimento.
Eu faço a pergunta, provavelmente errónea, Onde é que foram parar os milhões que entraram no nosso país com o Euro 2004? Já sei! Foi para pagar os estádios,... Mas já não estavam pagos? Confesso, não sei!
Como é que crescemos alguma coisa se desmoralizamos cada vez mais os que trabalham e optamos por despedir boa parte da mão-de-obra qualificada que trabalha?
Eu ainda acredito que este governo de coligação de extrema-direita, confundiu a “Estabilidade”, com “Estagnação”
Pior que isso, creio que, se a Manuela Ferreira Leite nos dizia: "apertem o cinto!", o Bagão Feliz veio dizer-nos, sempre em registo paternalista: "Vou apertar vos o pescoço!".
É uma opção menos nefasta de conduzir o país, mas…
Não se pode fazer muito, ou melhor não se pode fazer nada.
Que venha a corda para me enforcar que assim sou menos uma dessas pessoas a viver acima das minhas possibilidades e a pesar para o orçamento de Estado!
Bem-haja caros amigos, leitores e comentadores, da nossa desgraça,
Letra Negra
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